segunda-feira, 11 de julho de 2011

Reflexão final do Estágio
Chegamos ao fim de mais uma etapa das nossas vidas, e só posso dizer que guardo óptimas recordações do Estágio de Aprendizagem IV.
Ao longo destas quinze semanas de estágio tive a oportunidade de trabalhar com pessoas fantásticas, que me ajudaram bastante a consolidar conhecimentos e contornar situações do dia-a-dia de um TSA, para além de ter efectuado enumeras actividades, em áreas bastante distintas do nosso curso, inserido nas USP.
Desde já agradeço à Dra. Margarida Cosme e Dra. Cristina pela forma como nós receberam, às Técnicas Vanda Brito, Ana Paula Soares e Sofia, pelo apoio prestado e partilha de conhecimentos, à Técnica Filomena Sampaio por todo o apoio prestado na ausência da nossa tutora e principalmente por todo o carinho com que nos acolheu, e a nossa tutora e Técnica Célia Maia pelos mesmos motivos e por nos ter sempre ajudado em todas as alturas, permitindo não só sermos autónomas como mais responsáveis.
Senti que ao longo do estágio depositaram bastante confiança nos trabalhos por nós prestados, permitindo-nos realizar algumas actividades autonomamente, como as visitas às escolas, os projectos de promoção da saúde e vigilância das águas balneares e de consumo humano, senti acima de tudo que me encontrava em “casa”, o que contribuiu bastante para o meu crescimento enquanto pessoa e futura profissional.
Não posso esquecer de agradecer também às minhas colegas de estágio Catarina e Telma, por todos os momentos partilhados, mas principalmente à minha colega e amiga Magda Caeiro, com quem partilhei momentos inesquecíveis ao longo deste Estágio de Aprendizagem IV.
È importante também referir que gostei de todas a áreas que intervim, no entanto as áreas que mais me marcaram, foram a área da promoção para a saúde, foi sem divida uma novidade, mas da qual gostava imenso de repetir futuramente, assim como da vigilância sanitária da qualidade de água em piscinas. A vigilância sanitária de consultórios dentários, e o licenciamento de estabelecimentos, são contudo áreas que futuramente gostaria de explorar mais um pouco.

Não posso terminar este estágio sem agradecer também aos Professores Raquel, Rogério, Cidália e Albino por tudo o que fizemos por nós ao longo destes 4 anos inesquecíveis de curso. E finalmente, mas não menos importante, a toda a turma, com quem partilhei um dos períodos mais importantes da minha vida, com que partilhei momentos de alegria e tristeza e onde principalmente fiz amigos para toda a vida J

UM ATÉ JÁ….E VIVA O I CURSO DE LICENCIATURA EM SAÚDE AMBIENTAL E LEMBREM-SE SEMPRE QUE:  
“As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir…” 
  
UM MUITO OBRIGADO POR TUDO J   

sábado, 9 de julho de 2011

13ª, 14ª e 15ª Semana – 20 de Junho a 8 de Julho
Nestas últimas semanas de estágio realizamos algumas actividades já efectuadas ao longo do estágio, como o Licenciamento de Estabelecimentos, Vigilância Sanitária de Zonas Balneares, Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino, Ac’s e AM’s e introdução de dados no SISP. No entanto as actividades de maior destaque foram, uma Vistoria para Licenciamento de um Estabelecimento de Apoio Social e a Vigilância Sanitária de Consultórios Dentários, pois foi a primeira e única vistoria por nós efectuada nestas áreas.


Licenciamento de Estabelecimentos




Ao longo destas três semanas efectuamos um total de sete pareceres, três referentes a estabelecimentos de restauração e bebidas, dois estabelecimentos comerciais, um deles com zona de armazenagem de alimentos e restauração e bebidas, um talho e um estabelecimento com talho, churrasqueira e produção de enchidos.
Os projectos de restauração e bebidas, demonstraram-se simples, apresentando-se como única dificuldade a falta de elementos, como legendas e mesmo referência de diversos equipamentos e matérias nas memórias descritivas. Quando estas situações se verificam, por vezes são solicitadas ao requerente mais informações relativas à planta.
O projecto mais complexo, foi relativo ao estabelecimento com talho, churrasqueira e produção de enchidos, pois este estabelecimento era de grandes dimensões, continha inúmeros equipamentos a observar, e a nível legislativo era bastante específico, pelo que tivemos que analisar de forma detalhada todas as exigências descritas na legislação. Os pontos negativos a destacar nesta planta, foram essencialmente os circuitos, pois existia cruzamento de alimentos cozinhados, cruz e resíduos produzidos.

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:
                     *        Regulamento das Condições Higiénicas e Técnicas a observar na distribuição e venda de carnes e seus produtos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2006, de 31 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 207/2008.





Vigilância Sanitária das Zonas Balneares




O procedimentos da colheita e o preenchimento foi em tudo semelhante ao relatado na 9ª e 10ª semanas de estágio, no entanto efectuamos esta colheita sem a presença de uma TSA o que nos permitiu trabalhar de uma forma mais autónoma, colocando em prática os conhecimentos que viemos a adquirir ao longo do estágio.  




Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino

Durante o ano de 2010/2011, o USP Seixal, visitou todas as escolas do concelho, tendo como objectivo avaliar as condições de segurança, higiene e saúde. Após as visitas tornou-se então necessário efectuar uma avaliação global, das condições das escolas, para que a USP conheça todas carências das mesmas e também como a finalidade de fornecer essa mesma informação as respectivas escolas e à Direcção Geral de Educação.
Desta forma a USP solicitou-nos a elaboração de um relatório de avaliação para cada escola dos diferentes agrupamentos, utilizando como modelo relatórios de avaliação já efectuados pela TSA Filomena Sampaio. A estrutura do relatório inicia-se com uma caracterização geral do recinto escolar, a avaliação global da ficha de avaliação das condições de segurança, higiene e saúde, e termina com medidas correctivas por nós propostas, tentando desta forma contornar/alterar aspectos negativo existentes nas escolas.
De uma forma geral, os aspectos negativos que eram comuns a quase todas as escolas passavam pela:
*        Ausência de Plano de Segurança;
*        Ausência de sinalização de emergência;
*        Meios de extinção de incêndios mal localizados;
*        Instalações sanitárias sem papel e desinfectante;
*        Espaço de jogo e recreio com área coberta insuficiente;
*        Identificação dos alimentos e separação dos alimentos por categorias nas unidades de frio e na zona de armazenagem;
*        Inexistência de um circuito de marcha em frente nas cozinhas;
*        Existência de humidade e infiltrações.




Vistoria para Licenciamento de um Estabelecimento de Apoio Social



Nas últimas semanas efectuamos uma Vistoria para Licenciamento de um Estabelecimento de Apoio Social, em conjunto com a TSA Vanda Brito. Para além da Delegação de Saúde do Seixal, estavam presentes nesta vistoria, representantes da CMS e da Segurança Social, entidade licenciadora.
Este estabelecimento, prestava serviços na área do apoio domiciliário, sendo este espaço utilizado apenas para trabalho administrativo.
O único ponto negativo e que necessitava de alterações era referente, à ventilação. O estabelecimento continha duas salas interiores que não tinham qualquer tipo de ventilação, nem forçada, nem natural, desta forma foi solicitado ao responsável do estabelecimento que se procede-se à colocação de aberturas nas janelas para que seja possível efectuar uma ventilação natural do espaço. Não foi contudo, feito qualquer registo desta situação no auto da vistoria, tendo o responsável se comprometido a efectuar estas alterações e enviar em seguida fotos para sua comprovação.  
Actualmente este tipo de vistorias já não requer a presença obrigatória de um representante da Delegação de Saúde, contudo a CMS solicitou a nossa presença. Penso que é bastante importante para nós o contacto com a realidade, e não apenas com os projectos, esta situação permite-nos avaliar de uma forma mais fidedigna o local, para além de permitir o esclarecimento de dúvidas que possam existir por parte do requerente.  

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:
*        Despacho Normativo nº. 28/2006, que aprova o Regulamento das condições de organização, instalação e funcionamento das estruturas residenciais para pessoas com deficiência.



Vigilância Sanitária Consultórios Dentários




Para finalizar a descrição das actividades desenvolvidas durante o estágio na USP Seixal, efectuamos uma vistoria a dois consultórios dentários em conjunto com a TSA Paula da USP do Seixal e a TSA Susana da USP Sesimbra.
Para realizarmos as respectivas vistorias tivemos como base a Orientação n.º 9/2011, de 31/03/2011, da DGS, que surgiu devido às alterações existentes no licenciamento das Unidades de Saúde Privadas de Serviços de Saúde e uma Checklist existente na mesmo Orientação.
Estes consultórios estavam inseridos num Centro Médico, onde existiam inúmeras especialidades, no entanto estes consultórios eram semi-dependentes do Centro Médico, pois as instalações eram sub-alugadas, ficando a gestão dos mesmos a cargo dos respectivos responsáveis. Toda esta situação dificultou um pouco a vistoria, pois estávamos preparadas para vistoriar apenas um consultório dentário com duas salas e não dois consultórios dentários independentes.
Para além desta situação verificamos que o Centro Médico se encontrava num prédio habitacional, logo o espaço era adaptado, não tendo condições mínimas a acessibilidade para doentes com mobilidade condicionada, sendo os corredores do Centro Médico bastante estreitos e o elevador não era também acessível a este tipo de doentes.   
Os requisitos exigidos pela Portaria n.º 286/2010, para utilização dos consultórios são:
*        Tina de bancada com accionamento não manual no gabinete de consulta;
*        Cadeira de medicina dentária;
*        Equipamento de medicina dentária;
*        Aspirador de vácuo;
*        Aparelho RX Intra Oral;
*        Protectores de raio X adequados;
*        Equipamento de ventilação tipo “ambu”.
Verificamos que existiam alguns pontos negativos ao longo da vistorio, ao primeiro que verificamos foi relativo aos equipamentos de RX Intra-Oral. Nos gabinetes não era utilizada nenhuma protecção radiológica, nem existia qualquer tipo de monitorização dos trabalhadores expostos à radiação, para além de não estar afixado nenhum manual de boas práticas acerca da sua utilização.
Outro ponto e penso que o mais importante de todos prende-se com sala de esterilização. Esta sala era no fundo uma varanda adaptada, onde existia uma autoclave. No entanto o maior problema desta zona é que esta não era utilizada apenas como zona de esterilização existindo também outro tipo de materiais nesta sala. Relativamente à autoclave não existe nenhum tipo de controlo, pois não são efectuados qualquer registo dos ciclos efectuados, desta forma não existe também registo da data de esterilização nas embalagens que contem os materiais esterilizados, não se sabendo assim o tempo possível de utilização. Para além desta situação, verificamos que as funcionarias responsáveis pela esterilização, não tinham qualquer tipo de formação neste área.
Mais tarde, já na Extensão de Saúde Moinho de Maré elaboramos o relatório em conjunto com TSA Susana, com a finalidade de informar os consultórios das situações a melhorar e informar a DGS.
Esta foi uma área que me despertou bastante interesse, afinal é um serviço a que todos nós recorremos, e do qual eu não tinha noção das necessidades e dos problemas muitas vezes camuflados. Penso que nós enquanto TSA temos um papel importante nesta área, pois nestes locais há a possibilidade de existência de focos de infecção, tornando-se um problema para a Saúde Pública, se não forem contornados.

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:
*        Portaria 268/2010, que Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da actividade das clínicas ou consultórios dentários;
*        Decreto-Lei nº. 165/2002, relativo a normas de base de segurança relativas à protecção sanitária da população e dos trabalhadores contra os perigos resultantes das radiações ionizantes;
*        Decreto-Lei nº. 180/2002, que Estabelece as regras relativas à protecção da saúde das pessoas contra os perigos resultantes de radiações ionizantes em exposições radiológicas médicas.

Ø  Esta semana efectuados ainda AC’s e AM’s, estando todos os procedimentos para a sua realização descritos na 2ª semana de estágio, e introduzimos ainda no SISP projecto de licenciamento de estabelecimentos.


E conclui assim o meu estágio na Unidade de Saúde Pública Higéia - Polo do Seixal, vou sentir saudades J

sexta-feira, 8 de julho de 2011

11ª e 12 Semana – 06 de Junho a 17 de Junho
Olá caro leitores, cá estou eu para vos contar como foram mais umas semanas do meu estágio na USP Seixal J
Nestas duas semanas realizamos inúmeras actividades como a conclusão do Relatório Anual de Piscinas 2010, efectuamos colheitas de águas de duas piscinas e de uma praia para análise, visitamos duas escolas (EB1/JI e EB3/ES) para Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino, analisámos dois projectos para licenciamento de estabelecimentos, e elaboramos ainda a Ficha de Avaliação do projecto PEP.

Relatório Anual de Piscinas 2010




Esta semana terminamos o relatório anual das piscinas, e a nível conclusivo podemos verificar que das 120 análises programas para as 6 piscinas do Concelho do Seixal, 114 foram efectuadas (95%), dos incumprimentos verificados, apenas 85% foram comunicados à entidade gestora, já relativamente à qualidade da água, verificou-se que o total de análises com classificação própria era de 76% e que o total de análises com classificação imprópria era de 24%.
De uma forma geral, as análises que se verificaram impróprias relativamente à qualidade das águas dos tanques das piscinas, foi devido à presença de Pseudomonas aeruginosa, Enterococos e Estafilococos, isto à nível dos parâmetros microbiológicos, já a nível dos parâmetros físico-químicos, foi relativo ao elevado ou baixo teor de Cloro Residual Livre, Condutividade e Oxidabilidade. 
A elaboração deste relatório permitiu-nos conhecer a realidade da qualidade da água das piscinas do Concelho do Seixal, para além de demonstrar ser uma ferramenta importante para o conhecimento dos problemas existentes, quer a nível de parâmetros microbiológicos e físico-químicos.


Vigilância Sanitária da Qualidade da Água de Piscinas



O Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas (PVSP), tem como principais objectivos:
*        A promoção da saúde e segurança dos utilizadores e trabalhadores;
*        A identificação e avaliação dos perigos e avaliação dos factores de risco;
*        A gestão dos riscos através da aplicação de medidas correctivas adaptadas a cada situação específica;
*        A informação ao público utilizador (exemplo: afixação dos resultados analíticos, obrigatoriedade do cumprimento dos preceitos higiénicos;
*        A cooperação activa com os gestores das piscinas numa perspectiva de melhoria contínua da qualidade da água; salubridade e segurança de infra-estruturas e espaços físicos enquanto locais de trabalho e lazer.
Esta semana efectuamos a Vigilância Sanitária da Qualidade da Água de duas Piscinas, que no seu total eram constituídas por 6 tanques. Numa piscina existia um tanque grande e um tanque pequeno, e na outra um tanque grande, um tanque pequeno, um tanque multifunções e um jacuzzi, o que faz com que seja necessário analisar a presença de legionella, devido à elevada temperatura.
Os procedimentos de amostragem adoptados para os parâmetros microbiológicos e físico-químicos passam por:

Análise Bacteriológica

Colheita à Superfície
Procedimento:
1-    Colocar às luvas ou proceder à desinfecção das mãos;
2-    Proceder à devida identificação da amostra na etiqueta do frasco;
3-    Remover com cuidado a tampa do frasco esterilizado, junto à água.
Nota: Importa conservar a tampa na mão, segurando-a com a parte inferior voltada para baixo;
4-    Encher o frasco à superfície da água, com a atenção de o manter bem seguro na mão e sempre voltado para a frente.
Nota: O frasco não deve ser enchido completamente, como não deve ser enxaguado.
5-    Depois o frasco tem de ser bem fechado;
6-    Acondicionar o frasco numa mala térmica, aproximadamente a 4ºC;
7-    O prazo que decorre entre a colheita e o inicio da análise não pode ultrapassar as 6horas.


Colheita em Profundidade
Procedimento:
1. Prender as cordas aos dispositivos da armação do frasco, mantendo este dentro da caixa de protecção, ou preparar outro tipo de equipamento, de acordo com as respectivas instruções.
2. Retirar a tira de papel que impede a tampa de colar ao gargalo, sem tocar neste, caso se verifique a sua existência.
3. Submergir o frasco à profundidade pretendida (cerca de meia altura da piscina).
4. Accionar a corda de abertura do frasco.
5. Depois de cheio, fechar o frasco e retirá-lo.
6. Identificar o frasco e colocá-lo na caixa metálica.
7. Colocar a caixa metálica contendo o frasco na mala térmica e transportá-los ao laboratório de imediato. O prazo máximo que medeia entre a colheita e o início da análise não pode ultrapassar as 6 horas. A temperatura deve ser mantida a 5 ± 3ºC.


Frasco para colheita de água em produndidade


Análise Físico-Química
Importa referir que as colheitas destinadas à análise química devem ser efectuadas seguindo os procedimentos preconizados para a colheita em profundidade destinada à análise bacteriológica, como se pode verificar de seguida:

1-    Calçar as luvas ou proceder à desinfecção das mãos;
2-    Destapar o frasco na proximidade da água, conservando a tampa virada para baixo, sem a colocar no chão;
3-    Mergulhar o frasco em posição vertical a uma profundidade de cerca de 20 cm, inclinando-o para encher;
4-    Deslocar o frasco para a frente até ao seu enchimento. O frasco deverá ficar completamente cheio;
5-    Retirar o frasco, fechá-lo e identificá-lo;
6-    Colocar o frasco numa mala térmica e transportá-lo ao laboratório. A temperatura de ser mantida a cerca dos 3/5ºC.

Os parâmetros microbiológicos a analisar, no âmbito do PVSP, são:



Relativamente aos parâmetros físico-químicos, os parâmetros a ter em conta, no âmbito do PVSP, são:




A avaliação da amostra, é feita de acordo com os seguintes critérios:
*        Água Própria para o fim a que se destina, quanto aos parâmetros analisados – Nenhum dos parâmetros microbiológicos ultrapassa os VL referidos na Tabela 1. No caso da Legionella spp, este VL é <102.
*        Água Imprópria para o fim a que se destina – se algum dos parâmetros analisados apresentar os seguintes resultados:



Caso se verifique que o resultado das análises da água for Imprópria, a USP pode determinar o encerramento do tanque, ou mandar proceder a um tratamento de choque da água do tanque através da adição directa da quantidade de desinfectante suficiente para se atingir a concentração de 20 mg/L Cl2 durante 8 horas (ou 40 mg/L Cl2 durante 4 horas).

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:
*        Decreto-Lei nº306/2007 de 27 de Agosto relativo à qualidade da água destinada ao consumo humano;
*        Recomendação da Entidade Reguladora dos Serviços de Agua e Resíduos (ERSAR) n.º 03/2010, sobre o Procedimento para a Colheita de Amostras de Água para Consumo Humano em Sistemas de Abastecimento;
*        Circular Normativa sobre o Programa de Vigilância Sanitária das Piscinas.


Vigilância Sanitária das Zonas Balneares




De acordo com o art.º 12 do Decreto-Lei n.º135/2009, de 3 de Junho, relativo à vigilância sanitária das zonas balneares compete ao director do Departamento de Saúde Pública em articulação com a USP coordenar as acções de vigilância sanitária das zonas balneares:
a) Avaliar as condições de segurança e funcionamento das instalações e envolventes das zonas balneares;
b) Realizar análises que complementem a avaliação da qualidade das águas balneares;
c) Realizar análises que complementem a avaliação de factores de risco, quando justificados pelos dados ambientais ou epidemiológicos;
d) Avaliar o risco para a saúde da prática balnear.
Os objectivos do Programa de Vigilância Sanitária de Águas Balneares passa por:
1. Dotar as autoridades competentes de informação sobre a localização e identificação dos factores de risco existentes ou potenciais, com vista à protecção da saúde dos utilizadores;
2. Colaborar com a entidade competente na fixação de normas de qualidade das águas balneares.

Nestas semanas dirigimo-nos a uma das praias do Concelho do Seixal com o objectivo de realizar uma colheita de água para análise, analisar o aspecto da água através de uma ficha de campo – Modelo A, e analisar a zona envolvente – Modelo C ambos da Norma nº 10/2011, de 28/04/2011. Contudo há que referir que encontramos algumas dificuldades no preenchimento do Modelo C, isto porque os balneários e instalações sanitárias se encontravam em manutenção, o que não nos permitiu preencher alguns tópicos, para além de sentirmos dificuldades na classificação final de cada item.

Procedimento de Colheita
Durante a colheita, deve seguir-se as regras de segurança adequadas ao estado do mar.
• As amostras são sempre colhidas nas mesmas condições de maré, se possível em baixa-mar, no período da manhã;
• No que concerne ao ponto de amostragem, sempre que possível, as amostras devem ser recolhidas 30 cm abaixo da superfície das águas e onde a sua profundidade seja no mínimo de 1m.
Em seguida deve seguir os seguintes passos:
1. Destapar o frasco inclinado, não tocando no gargalo ou interior da rolha;
2. Mergulhar o frasco verticalmente, com gargalo para baixo, até uma profundidade de 30 cm;
3. Retirar o frasco, fechando-o de seguida. O frasco não deve ficar completamente cheio (mínimo 2cm de ar);
4. O volume do frasco/recipiente de amostra depende da quantidade de água necessária para cada um dos parâmetros a analisar. O volume mínimo é geralmente de 250 ml;
5. Identificar as amostras com tinta indelével na amostra e no formulário relativo à amostra/modelo de requisição.





 
Contudo, à que referir no dia da colheita apenas mergulhamos o frasco de mergulho para recolha da amostra com água entre 20 a 30cm de altura, isto porque a corrente estava-se bastante forte, apresentando algum risco para a nossa segurança.

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:
*        Decreto-Lei n.º 135/2009, de 3 de Junho – Relativo à vigilância sanitária das zonas balneares.


 

Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino


Nas semanas acima referidas, efectuamos visitas a duas escolas do Concelho do Seixal, uma EB1/JI e uma EB3/ES. Irei dar mais ênfase à escola EB1/JI, pois apesar de estar aberta apenas deste Setembro de 2010, contem bastantes lacunas a nível estrutural.
Um dos pontos a referir é relativo às crianças com deficiência. A sala destas crianças encontra-se no 1º piso e embora a escola tinha elevador, este não funciona na maior do tempo, acabando por serem os próprios funcionários a ter de transportar as crianças para o 1º piso, o que desde já pode vir a causar lesões a nível musculoesqueléticas nas respectivas funcionárias. Outros dos pontos a abordar ainda relativo às crianças com deficiência, é o facto de na instalação sanitária não existir nenhuma cabine de duche munida de água quente, para que as funcionárias possam efectuar a higiene destas crianças, uma vez que, segundo as mesmas, maior parte das crianças necessita dessa higiene diariamente.
Outros problemas a apontar passam pela inexistência de uma sala de estudo para as crianças, criando-se soluções alternativas, que passam pela implementação de mesas nas salas de professores e corredores; a inexistência de um ginásio, partilhando este o mesmo espaço que o refeitório;  e apesar de o edifício ser recente já apresenta infiltrações e bastantes fendas quer no interior, quer no exterior do edifício.
No entanto a principal lacuna na construção desta escola prende-se com a questão da ventilação. A nível de ventilação natural, as janelas que existem no edifício escolar encontram-se muito altas o que não permite a sua abertura, por sua vez as salas contêm apenas duas janelas bastante pequenas, o que não permite uma suficiente renovação do ar, por outro lado não existe qualquer tipo de ventilação forçada.
Esta situação afecta directamente o conforto de todos os ocupantes principalmente em salas de aula. Uma das professoras queixou-se da acumulação de cheiros em salas de aula, que se verificava devido à insuficiente renovação do ar, assim como das frequentes dores de cabeça e sensação de fadiga sentidas, algo que também esta directamente relacionado com este factor.
Para piorar toda esta situação, para além de não existir uma boa renovação de ar no edifício, também existia uma insuficiente climatização do mesmo, pois os ar condicionados instalados não funcionavam, fazendo com que existisse bastante desconforto térmico principalmente nas salas de aula.
Toda esta situação nos fez reflectir sobre a estética e a saúde. Nem sempre estes factores caminham nas mesmas direcções, pois nem tudo aquilo que é agradável a nível visual é benéfico para a nossa saúde.  
A escola EB3/ES, é uma escola algo diferente, pois no meu caso, foi a primeira vez que efectuei uma visita a uma escola desta tipologia.
Já havíamo-nos dirigido a esta escola anteriormente, contudo não tinha sido possível realizar a visita, pois estava a decorrer um simulacro para avaliar o Plano de Emergência implementado.
De uma forma geral, a escola apesar de algo antiga apresentava boas condições, contudo a sinalização de emergência era insuficiente, os armazéns de produtos de limpeza e outro tipo de materiais, não se encontravam identificados e estavam desorganizados, e as instalações sanitárias não possuíam papel e sabão líquido.
Na zona de alimentação colectiva não foi possível avaliar todos os itens do formulário, uma vez que não se encontrava em funcionamento e as funcionárias já haviam saído.



Licenciamento de Estabelecimentos



Ao longo destas duas semanas analisamos dois projectos para o licenciamento de estabelecimentos.
O primeiro projecto que analisamos nestas semanas, era relativo a um Estabelecimento de Apoio Social, que continha um lar residencial e uma residência autónoma. De uma forma geral os pontos por nós abordados na execução do Parecer Sanitário Prévio foram a ventilação inexistente em algumas instalações sanitárias, a definição de circuitos de roupa limpa e roupa suja na lavandaria, e a implementação de cubas de lavagem distintas para casa tipo de alimentos (carne, peixe e legumes). A maior dificuldade sentida, foi na busca de informação relativa este tipo de actividade, por ser a primeira vez que estávamos a ter contacto com este tipo de instituição
O segundo projecto era referente a um Estabelecimento de Restauração e Bebidas. Relativamente a este estabelecimento apenas fizemos alterações a outro Parecer já anteriormente efectuado.




Ficha de Avaliação do projecto PEP


Após a nossa intervenção nas escolas relativas ao projecto PEP, foi necessária a realização de uma ficha de avaliação, com o objectivo de verificar os conhecimentos apreendidos pelas crianças durante as actividades. Tendo como base a ficha de avaliação do ano lectivo anterior, foi-nos então solicitada a elaboração de uma nova ficha de avaliação que aborda-se os três temas da Prevenção Rodoviária – SER PEÃO, SER PASSAGEIRO e SER CONDUTOR.

Estas duas semanas foram bastante produtivas, pois desenvolvemos diversas actividades. Sinto que já estou totalmente integrada na USP Seixal e que cada vez mais estou a gostar das actividades desenvolvidas na presente USP J.