4ª e 5ª Semana – 29 de Novembro a 10 de Dezembro
A quarta e quinta semana são juntamente descritas, pois não efectuei tantas actividades de campo como nas semanas anteriores, tendo apenas efectuado três vistorias.
Foi efectuada uma vistoria a uma confeitaria e a um talho, na qual dei novamente formação.
Relativamente à vistoria efectuada ao talho este, encontrava-se quase na sua totalidade em conformidade com aquilo que é exigido por lei, relativo a este tipo de comércio.
No caso da formação, dei uma formação diferente daquela que havia dado na terceira semana. Esta tornou-se uma formação mais complicada de dar, não pela dificuldade da mesma, mas sim, pelas várias interrupções que ocorreram durante a formação, uma vez que as normais actividades do estabelecimento continuavam a decorrer. No entanto é de realçar o interesse demonstrado pela proprietária deste estabelecimento, intervindo algumas vezes com duvidas bastante pertinentes e questionando sobre alguns avanços a nível de tecnologias e análises efectuadas na área de HSA.
A formação baseou-se na importância da Higiene e Segurança Alimentar, abordando as doenças transmitidas por alimentos, a importância do manipulador de alimentos neste processo e apresentando alguns exemplos de análises efectuadas a outros estabelecimentos, tentando sensibilizar desta forma todos os formandos para a importância desta formação.
Por último é de destacar nesta quinzena a ultima vistoria que foi efectuada a um café, no entanto esta não é destacada pelos melhores motivos.
Ao chegarmos ao estabelecimento, a pessoa que nos acompanhou na primeira parte da visita não era muito afável, começando a responder bruscamente a tudo aquilo que a técnica que me acompanhava indicava, como não estando em conformidade com aquilo que a lei previa. Em seguida a pessoa em questão teve de abandonar o local, pelo motivo que a visita passou a ser acompanhada por outra pessoa.
Esta segunda pessoa inicialmente, demonstrou-se mais afável e receptiva a tudo aquilo que a técnica recomendava. Contudo após algumas recomendações efectuadas, a pessoa em questão entendeu que aquilo que a técnica estava a recomendar segundo a mesma era ser “piquinhas” e “”estar a pegar por tudo e por nada”, para além de referir que eu e a técnica em questão estávamos a fazer pouco do estabelecimento e a falar dela sem a informar, estando a técnica apenas a responder a algumas dúvidas por mim levantadas.
Posta esta situação, a pessoa em questão exaltou-se bastante com a técnica que me acompanhava, pelo que eu intervim, tentando justificar que era estagiária e que apenas estava a tirar duvidas, no entanto só piorei a situação começando a pessoa a gritar não apenas com a técnica, como também comigo, mandando-me calar.
Esta foi uma situação inesperada, pois durante este tempo de estágio, todas pessoas tinham sido bastante afáveis e receptivas comigo e mesmo com os técnicos que me acompanhavam.
No final da vistoria a pessoa entendeu que apenas estávamos a efectuar o nosso trabalho, acabando por pedir desculpa, não se tornando desta forma a situação mais constrangedora. No entanto, percebi que situações como estas, não eram apenas pontuais, mas sim bastante frequentes, servindo esta experiência como uma mais-valia para situações semelhantes no futuro.
Os restantes dias serviram, para elaborar os relatórios das não conformidades, no escritório da K-med XXI.