quinta-feira, 30 de junho de 2011

5ª, 6ª e 7ª Semana – 26 de Abril a 13 de Maio
Olá de novo J
Após uma semana de férias regresso para vos contar como correu mais três semanas de estágio. Irei descrever estar três semanas em conjunto, pois essencialmente realizamos uma actividade de Educação para a Saúde, intitulada:

  
PEP – Projecto de Educação para a Prevenção



Neste projecto intervêm várias entidades, destacando-se a USP e a CMS, e tem como principal objectivo a prevenção dos vários acidentes, que podem ocorrer no dia-a-dia das crianças. A população alvo do projecto são as crianças do 1º Ciclo do Concelho do Seixal, não estando contudo, todas as escolas do concelho inseridas no projecto.
O PEP teve início no 1º ano de escolaridade, com o tema Prevenção de Acidentes Domésticos, no 2º ano o tema foi a Prevenção de Acidentes em Espaços de Jogo, Recreio e Lazer e actualmente no 3º ano, o tema é a Prevenção Rodoviária. Os professores têm um papel fundamental neste projecto, pois ao longo do ano lectivo abordam vários conteúdos relacionados com a temática, existindo posteriormente outras actividades relacionadas. Este ano lectivo a Renault patrocinou um teatro de fantoches intitulado “Era uma vez…a Segurança Rodoviária” (Figura 1), e a USP realizou uma apresentação em Power Point (Figura 2).

Figura 1

Figura 2

Ainda dentro desta temática foi-nos solicitada a realização de uma actividade que envolvesse as três principais fases da Prevenção Rodoviária, o SER PEÂO, o SER PASSAGEIRO, e o SER CONDUTOR. Contudo achamos pertinente focar a nossa actividade no SER PEÃO, abordando também alguns conteúdos do SER PASSAGEIRO. 

Elaboração do Jogo
O jogo por nós realizado baseia-se na construção de um circuito, com estrada, passadeira e sinais de trânsito, de grandes dimensões, para que possa ser realizado no recreio de cada escola.
Ao construirmos este jogo tentamos utilizar o menor material possível, reciclando outros materiais. A passadeira foi pintada num tecido preto, com tinta branca, para a concepção dos sinais de trânsito utilizamos garrafas de plástico de 1,5L, servindo como suporte dos sinais por nós impressos na USP, já para colar a passadeira e recriar as linhas delimitadoras da “estrada” utilizamos fita adesiva branca .

Construção da passadeira

 




Regras do Jogo
O jogo pretende que as crianças adoptem a postura de um PEÃO, o jogo tem início no lado direito da pista obrigatória para peões, estes avançam até aos semáforos para peões, passam pela frente da garagem, atravessam a passadeira da forma correcta, passam por um obstáculo pelo passeio, aprendendo a forma mais correcta de o fazer, e chegam ao final do circuito (Figura 3).

Figura 3

As perguntas efectuadas ao longo do circuito passam por:    
*        Como devemos caminhar no passeio?
*        Que roupas devemos usar à noite?
*        Quando não temos passeio como devemos caminhar?
*        Qual a cor do sinal que permite a passagem para peões?
*        Quando vamos no passeio temos de tomar atenção aos carros que saem dos parques de estacionamento e de garagens?
*        O que devemos fazer antes de atravessar a passadeira?
*        Devemos correr ao atravessarmos a passadeira?
*        Quando não temos passadeira devemos atravessar nos cruzamentos e entroncamentos?
*        Quando temos um obstáculo no passeio, como devemos contorna-lo?
*        Devemos brincar nos passeios?

Ao chegarem ao fim do circuito seguem-se questões relacionados com o passageiro, questões essas que passam por:
*        Devemos sair ou entrar do carro com ele em andamento?
*        Devemos entrar e sair do carro, pelo lado da estrada ou do passeio?
*        Com a tua idade podemos ir sentados no banco da frente do carro? A partir de que idade podemos?
*        Devemos meter os braços e cabeça fora da janela, quando o carro está a andar?
*        Devemos atirar objectos pela janela do carro? Porquê?
*        O que devem usar quando andam de carro?

No final do jogo é entregue a todas as crianças que participaram na actividade, um diploma de participação por nós realizado (Figura 4).


Figura 4

Realização do Jogo
A elaboração do jogo, como já havia referido anteriormente, foi feita por mim e pela minha colega de estágio Magda Caeiro, no entanto a realização do mesmo nas escolas, devido ao grande número de turmas (16), foi partilhada com as nossas colegas de estágio da Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa, Catarina e Telma, a quem desde já deixo o desejo de muito boa sorte para o futuro profissional.
O jogo foi elaborado no espaço de jogos e recreio das escolas, no nosso caso, com seis turmas do 3º ano de escolaridade. Para facilitar a actividade, dividimos as turmas em três grupos, estando eu a acompanhar um dos grupos no circuito e a minha colega Magda a realizar jogos com os restantes, e vice-versa. Isto permite não só facilitar a actividade, como distrair as crianças enquanto o jogo está a ser realizado por outras. 

Circuito do jogo



A semelhança da minha colega Magda, a turma que mais me marcou foi a primeira turma com quem realizamos o jogo. A turma era bastante atenta, sossegada e ao mesmo tempo bastante curiosa, o que nos permitiu sentirmo-nos mais à vontade com eles, captando-lhes também mais facilmente o interesse pela actividade e a atenção ao que lhes explicávamos. No entanto nem todas as turmas era assim, uma das maiores dificuldades deste projecto foi precisamente captar a atenção de todas as crianças, não permitindo que estas se dispersassem e não captassem a mensagem que este jogo transmitia.
O maior desafio que tivemos na realização deste jogo, foi num dia chuva, como já referimos anteriormente, esta actividade é desenvolvida no espaço de jogo e recreio das escolas, e com estas condições climatéricas não seria possível realizar a actividade da forma que foi planeado inicialmente. A situação teve que ser contornada, acabando a turma por ser dividida em dois grupos, respondendo apenas às questões sobre o PEÃO e o PASSAGEIRO e atravessando a passadeira de forma correcta.
Penso que esta actividade foi bastante enriquecedora, quer a nível pessoal, quer a nível profissional, pois sendo o grupo alvo crianças, não é um grupo fácil de cativar e de captar a atenção para a aquilo que pretendemos. Por outro lado, aprendemos a lidar com situações inesperadas, como a situação climatérica, o que nos permite colocar soluções alternativas, apelando à nossa perspicácia e imaginação. Aprendemos também a melhorar a nossa abordagem, principalmente com os professores, pois nem todos se mostravam receptivos a actividade desenvolvida, tendo diferentes formas de reacção, para as quais temos de estar preparadas. 

Ainda nestas três semanas efectuamos visitas a três escolas, uma EB1, e duas EB1/JI, tendo como finalidade a:      

Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino

De uma forma geral a as três escolas apresentavam os mesmos problemas, sendo na maior parte deles a nível estrutural, o que dificulta a nossa intervenção. Os problemas a nível estrutural a destacar são, o espaço de jogo e recreio, pois a área coberta dos mesmos é insuficiente; a cozinha, por vezes o espaço é insuficiente não permitindo a existência de um circuito de marcha em frente; e a existência de humidade e infiltrações, prejudicando principalmente as crianças a nível respiratório.
Contudo existem outros problemas mais facilmente contornáveis, e que também são comuns a estas escolas, como a ausência de um Plano de Segurança, a ausência de sinalização de emergência, meios de extinção de incêndios mal localizados, ausência ou insuficientes sistemas eficazes de controlo de vectores (redes mosquiteiras na cozinha, insectocaçadores e desinfestações periódicas), instalações sanitárias sem papel e desinfectante, identificação das unidades de frio na cozinha, identificação dos alimentos armazenados e separação dos alimentos por categorias.
Até agora podemos constatar que a maioria das escolas EB1 e EB1/JI por nós visitadas, apresentam no geral os mesmos problemas, pois já são escolas algo antigas, o que dificulta as possíveis alterações. 

Por último é importante destacar uma pequena formação que foi dada nas instalações do Centro de Saúde de Corroios – Extensão Moinho de Maré relativa ao:
Sistema de Informação em Saúde Pública (SISP)


Esta formação teve como população-alvo os profissionais de saúde que fazem parte da USP Seixal-Sesimbra, e como principal objectivo verificar como funciona o SISP e verificar algumas condicionantes/falhas deste sistema.
O SISP, como o nome indica é um sistema informático direccionado para os profissionais de Saúde Pública, estando neste momento em fase de teste dando maior ênfase neste momento ao tema “Estabelecimentos e Queixas”., no entanto este sistema de informação abrange diversas áreas como:
*        Gestão de Processos de Estabelecimentos;
*        Gestão de Processos de Queixas Sanitárias;
*        Gestão de Programas e Projectos Comunitários;
*        Intervenção em Cuidados Individuais de Saúde (através da criação do conceito de Registo Electrónico Individual com fins epidemiológicos e de Saúde Pública);
*        Monitorização da situação de saúde e dos factores protectores e de risco para a saúde;    
*        Gestão da Qualidade dos Serviços de Saúde Pública.
Este programa é bastante importante, pois facilitará aos profissionais da área o acesso a todos dados relevantes em Saúde Pública.  



Documentos a pesquisar:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

3ª e 4ª Semana – 4 de Abril a 15 de Abril

Nestas duas semanas efectuamos visitas a duas escolas, como a finalidade de efectuar a:

Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino


Estas visitas foram efectuadas sem a presença da TSA Célia Maia, permitindo a mim e à minha colega de estágio Magda Caeiro sermos mais autónomas, pondo em prática todos os conhecimentos apreendidos ao longo do curso e do Estágio IV.
Não sentimos grandes dificuldades durante as visitas, pois as professoras que nos acompanharam em ambas as visitas mostraram-se bastante receptivas à nossa presença.
A primeira escola visitada foi uma EB1/JI. Esta escola apresentava de uma forma geral boas condições de Segurança e Higiene, no entanto à que ressalvar que o espaço de jogo e recreio, apresentava alguns riscos, pois o recinto era de areia, não sendo esta mudada regularmente, a superfície de impacto era inadequada e o equipamento de jogo e recreio encontrava-se deteriorado e susceptível de provocar quedas, não mencionava idade mínima e máxima dos utilizadores e não possuía referência ‘CE’. 
A segunda escola a ser visitada nestas semanas, foi uma EB2/3. Esta escola apresentava características diferentes da anteriormente referida, tornando-se mais extensa a nossa vista, para que pudéssemos avaliar mais detalhadamente todos os pontos referidos no formulário.
A visita efectuada apresentou alguns problemas, pois foi efectuada durante as férias da Pascoa. Ao encontrar-se em período de férias as actividades escolares não decorriam com normalidade, encontrando-se a escola em limpezas.
Relativamente ao refeitório este não se encontrava a servir refeições, estando também em limpezas, o que não nos permitiu avaliar todos os pontos abordados no formulário.
Esta situação permitiu-nos verificar que é essencial avaliar as escolas durante o período em que decorrem as aulas, pois só desta forma é possível avaliar com exactidão todos os itens.


Outras das actividades por nós desenvolvidas ao longo destas suas semanas, prende-se com o:

Licenciamento de Estabelecimentos



O Licenciamento de Estabelecimentos é outra das actividades desenvolvidas na USP, os estabelecimentos que necessitam da emissão deste parecer, são apenas aqueles estabelecimentos que constituem risco para a Saúde Pública.
Existem duas formas de obtenção de parecer sanitário, através da CMS, neste caso os projectos dão entrada na CMS, reencaminhando esta por sua vez, os projectos para a USP; outra das formas de obter parecer, é quando o próprio requerente se dirige à USP para o solicitar, neste caso o parecer é designado por parecer sanitário prévio.  
Nesta quinzena analisamos um projecto referente a um café – Estabelecimento de Restauração e Bebidas. Demoramos algum tempo a analisar a planta do referido projecto, principalmente a área da cozinha, no entanto de uma forma geral não encontramos grandes dificuldades, pois a planta era de fácil compreensão. Apesar da análise da planta do projecto não apresentar grandes dificuldades, a emissão do parecer por sua vez tornou-se algo complicada, isto prendeu-se com o facto de não conhecermos alguma legislação, o que exigiu da nossa parte tempo de pesquisa e estudo.
Ainda nesta quinzena, o Licenciamento de Estabelecimentos sofreu algumas alterações, pois no dia 1 de Abril foi pública o novo Decreto-Lei, referente ao licenciamento e segurança alimentar de Estabelecimentos (Decreto-Lei 48/2011, de 1 de Abril), desta forma elaboramos ainda uma apresentação em Power Point para uma melhor compreensão da nova legislação.

Os documentos que serviram de suporte para a realização do Parecer Sanitário foram:

*        Decreto-Lei n.º 234/2007, de 19 de Junho, do Ministério da Economia e da Inovação - Aprova o novo regime de instalação e funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas;
*       Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do território e do Desenvolvimento Regional - Aprova o regulamento geral do Ruído;
*       Decreto-Lei n. 163/2006, de 8 de Agosto, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social - Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais;
*       Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, da Presidência do Conselho de Ministros - Simplifica o regime de acesso e de exercício de diversas actividades económicas no âmbito da iniciativa «Licenciamento zero»;



Outra actividade a retractar nesta quinzena foi uma:


Queixa de Insalubridade



As queixas de insalubridade permitem à população em geral, denunciar casos possam ou sejam efectivamente um risco para a Saúde Pública. Este mecanismo permite à população dar conhecimento à USP de estabelecimentos públicos que se encontrem em condições impróprias, levando à nossa actuação.
A Queixa de Insalubridade era relativa a uma piscina de utilização colectiva do concelho do Seixal. A queixa foi apresentada pela mãe de uma criança, afirmando que o filho apresentava fungos devido à má higienização dos espaços frequentados pelos utilizadores da piscina.
Posta esta situação dirigimo-nos ao local, juntamente com uma das TSA e uma Médica de Saúde Pública para falarmos com a gestora do espaço, sobre a queixa apresentada na USP, e principalmente para verificarmos o espaço e os documentos comprovativos da limpeza do espaço.
Para verificarmos as condições das instalações utilizamos como base o Anexo II A – Avaliação das Condições de Instalação e Funcionamento de Piscinas e o Anexo II B – Avaliação das Condições Higio-Sanitárias de Funcionamento das Instalações, da Circular Normativa nº14/DA, de 28/08/2009, da DGS. Constatamos que não se comprovava a existência de fungos na piscina em causa, e que de uma forma geral existia uma boa higienização dos espaços.
As Queixas de Insalubridade demonstram mais uma vez a importância da nossa actuação, detectando, identificando, analisando, prevenindo e corrigindo riscos ambientais para a saúde, actuais ou potenciais.

Ø   Por último elaborámos uma checklist com alguns aspectos que achamos que devem ser levados em conta nas visitas efectuadas às cozinhas e refeitórios das escolas.

Nesta semana dou maior destaque as Queixas de Insalubridade, pois demonstram mais uma vez a importância da nossa actuação, detectando, identificando, analisando, prevenindo e corrigindo riscos ambientais para a saúde, actuais ou potenciais.

 


Boa Páscoa
Até Dia 26 de Abril